sábado, 2 de outubro de 2010

Crise existencial

O povo escolherá o líder que merece

O Amapá passa por uma crise política, definitivamente instalada no último dia 10 de setembro, em decorrência das investigações da Polícia Federal deflagrando a Operação Mãos Limpas.
Nos últimos anos a hegemonia política plantada no Amapá por autoridades chamada de “grupo da harmonia”, vem contribuindo para envergonhar o Estado com escândalos e prisões, passando a ser manchete na mídia nacional.
Para lembrar, em 2004 a Polícia Federal deflagrou a Operação Pororoca, com prisões do ex-prefeito João Henrique Pimentel, ex-Senador e Secretário de Saúde Bala Rocha, por suspeitas de fraudes na saúde. Depois em 2007 foram as Operações Antídoto I e Antídoto II, com a prisão de dois Secretários Uilton Tavares e Abelardo da Silva Vaz, por suspeita de fraudes na compra de medicamentos. Por último veio a Operação Mãos Limpas, com a prisão de 18 pessoas, entre eles o ex-Secretário de Saúde e atual Governador do Estado do Amapá Pedro Paulo Dias (PP), e ex-governador Waldez Góes, transferidos, respectivamente, para a cela do Departamento da PF e Presídio da Papuda em Brasília.
A verdade é que grande parte da sociedade amapaense tem demonstrado indignação com a situação de abandono e falta de compromisso do poder executivo, principalmente para com a saúde e educação do Estado.
O pouco espaço que a população possui na mídia, nas últimas semanas têm denunciado a grave situação em que vivem hoje os administradores de escolas com a falta de merenda, hospitais sem medicamentos, funcionários terceirizados com pagamentos atrasados, funcionários públicos sendo cobrados por banco valores já descontados em folha, a situação é muito séria, tem escolas parando as atividades por falta de material didático e de manutenção, enfim, está plantado o caos no Estado.
Ademais, aparecem como candidatos às eleições de amanhã(3) várias pessoas envolvidas nesses escândalos, inclusive, as que foram presas em operações deflagradas pela Polícia Federal no Estado do Amapá.  Desta feita, vêm aos programas de TV e comícios chorando e dizendo que são inocentes, colocando até mesmo em dúvida a seriedade do trabalho da Polícia Federal, que todos sabemos não prende para investigar, investiga para prender. Em certas situações, onde o próprio público espera uma resposta, há um comportamento estrano como se nada tivesse acontecido de grave.
Ora, amanhã estaremos votando no novo Presidente da República, Governador do Estado, dois Senadores, oito Deputados Federais e 24 Deputados Estaduais, para os próximos quatro anos. O que será mais que esses candidatos "ficha sujas" ainda querem? Já tiveram o tempo deles. Não deram o trato correto no uso do dinheiro público. E ainda aparecem dizendo “Eu fiz isso... Eu fiz aquilo...”, mas eles não foram eleitos para trabalhar? Não fez mais do que o dever e deveria ter feito muito mais. O que será que eles ainda são capazes de fazer para se manter no poder?!
Enquanto isso, a mídia nacional e local continua noticiando “PF apreende dinheiro vivo em poder de familiares de ex-governador do AP”, “Chinelo vira moeda de troca por voto no AP”, Polícia Federal apreende propaganda de Pedro Paulo. Este último a propaganda estava numa viatura da Polícia Civil que, poderia, estar sendo usada para distribuir os “santinhos” do candidato.No depósito da Secretaria de Inclusão e Mobilização (SIMS), a PF encontrou 600 litros de óleo diesel e 200 litros de combustível, que provavelmente seriam usados para abastecer veículos usados na campanha.
A palavra mágica ultimamente é mudança. Na concentração dos movimentos sociais, nas caminhadas de protestos de diversas categorias, nos discursos dos políticos e no grito da massa, pedem mudança urgente. O povo está decepcionado e envergonhado. Os que não se manifestam, certamente, fazem parte do tal “grupo da harmonia”.
A grande expectativa só terminará quando forem abertas amanhã(3) as urnas das Eleições/2010. Elas é que vão responder no dia 03 de outubro de 2010, que líderes o povo do Amapá merece. E Deus proteja e ilumine o próximo governador que assumirá essa herança maldita.

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