BRASÍLIA
THIAGO VILARINS
Da Sucursal
A cada 57 km de rodovias federais no Pará há um ponto de exposição de crianças e adolescentes ao risco de exploração sexual. No total, segundo levantamento divulgado na última semana pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), são 69 locais vulneráveis à prática desse crime. Mais de 6 mil quilômetros de estradas foram monitorados nos últimos dois anos e indicam que a combinação entre prostituição adulta, tráfico de drogas, consumo de bebida alcoólica e concentração de crianças e adolescentes à beira das rodovias paraenses tem grande influência na exploração sexual infantojuvenil.
Destes pontos vulneráveis, 24 deles são considerados de alto risco - cerca de 5% de todos os pontos do País com essa classificação. Somente Minas Gerais (9%), Rio Grande do Sul (8,4%), Paraná (8,4%), Goiás (6,7%), Rio Grande do Norte (6,3%) e Rio de Janeiro (6,3%) tiveram índices maiores. Os locais exatos de exploração sexual de crianças e adolescentes não foram divulgados pela Polícia Rodoviária Federal com o intuito de impedir a migração dos criminosos e de preservar ações repressivas. No entanto, a Superintendência da PRF do Pará adiantou que estes pontos vulneráveis de maior preocupação estão ao longo das rodovias que cortam as cidades pólos do Estado.
"São locais onde há a chegada do caminhoneiro para fazer a entrega da carga, próximo dos grandes centros da região Norte. Os principais são postos ao longo da região metropolitana de Belém e próximos a São Miguel do Guamá, que é uma área de chegada obrigatória de quem vem do Sul e Sudeste, na BR-010. Toda essa linha de chegada a Belém, tanto pela BR-010, quanto pela BR-316 são áreas de alto risco. Outros pontos são os que margeiam as rodovias que cortam as cidades pólos como Santarém, Altamira e Marabá", disse o superintendente da PRF/PA, comandante Isnard Alves Ferreira. (www.oliberal.com.br)
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