A de prestar muita atenção a partir de agora ao PSB. O partido elegeu seis governadores, um no Norte, quatro no Nordeste e um no Sudeste, administra duas importantes capitais: Curitiba e Belo Horizonte e suas bancadas no Congresso cresceram.
O PSB, que durante os dois mandatos presidenciais de Lula tocou o Ministério de Ciência e Tecnologia e no segundo também a Secretaria de Portos, não vai se contentar em repetir a dose.
A legenda do falecido líder pernambucano Miguel Arraes vai querer mais.
E com justa razão, afinal o partido aliado fincou ancora no Nordeste onde vai comandar os destinos de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Piauí.
O PSB está de olho gordo nos ministério da Integração Nacional e das Cidades e, se sentirá honrado se o BNDES lhe cair no colo.
O governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, com certeza vai apresentar a Dilma Rousseff os pleitos dos socialistas.
Eduardo tem a favor do PSB, a forte interação com a petista e a oferecer-lhe bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado, que trabalharão para que ela não fique refém das conhecidas bancadas conservadoras incrustadas no PMDB, PTB, PP, PR, PSC e PMN, entre outras.
O PSB servirá como contraponto a essas forças e, ainda, deverá ser o negociador de Dilma com o PSDB, haja vista que é parceiro dos tucanos nas prefeituras de Belo Horizonte e Curitiba e no futuro governo da Paraíba.
Nos últimos dias que antecederam a eleição de domingo passado, por exemplo, Dilma conversou muito com dois governadores aliados, Jaques Wagner (PT) e Eduardo Campos.
Tópicos do discurso que proferiu logo após o anúncio oficial de sua eleição foi objeto de análise dos dois aliados.
Portanto, Campos, como interlocutor privilegiado de Dilma, vai dentro em breve tratar do tamanho da presença do PSB no futuro governo.
Para tanto, nesta quinta-feira (4), o partido vai reunir os seis governadores eleitos, os dois prefeitos de capitais e suas bancadas na Câmara e no Senado para cuidar do assunto.
Com certeza, depois do giro de Dilma com Lula pela Ásia, o governador Eduardo Campos converse com Dilma sobre a participação do PSB no novo governo que toma posse em 1º de janeiro.
A perspectiva de uma participação maior do PSB é quase certa.
Afinal, Dilma sabe que pode contar com o partido e seus dirigentes, principalmente pela quantidade de votos que recebeu no Nordeste.
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