terça-feira, 9 de novembro de 2010

Falta de concurso público deixa profissionais de comunicação fora do mercado

A área de comunicação social, que forma jornalistas, publicitários, relações públicas e marketing, dificilmente disponibiliza de vagas em concursos públicos, deixando profissionais de comunicação fora do mercado de trabalho no Estado do Amapá.

No setor público estadual ou municipal, existem inúmeras funções, que deveriam ser ocupadas por profissionais da área. Contudo, são vagas ocupadas por parentes e amigos de políticos, por comprometimento durante campanhas eleitorais. Na maioria, pessoas sem formação, sem qualificação respondendo pela função, prestando péssimas assessorias, muitas vezes, maculando a imagem de pessoas, da instituição e até mesmo da categoria.


Presidente do Sindjor Volney Oliveira


O Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amapá Volney Oliveira, ontem, 8, em entrevista ao Programa Café com Notícias, apresentado pelas jornalistas Márcia Corrêa e Ana Girlene Oliveira, lembrou que “só no Governo do Estado do Amapá tem a Secretaria de Estado da Comunicação, Rádio Difusora de Macapá, Imprensa Oficial do Estado, além de assessorias de Secretarias de Estados e Órgãos Públicos”, para preenchimento de vagas.

Essa prática, também prevalece nos municípios do Amapá. Em Laranjal do Jarí a função de profissionais de comunicação, geralmente são ocupadas por professores, técnicos, pessoas sem graduação. A conseqüência negativa reflete de imediato na administração, porque um técnico de saúde, jamais poderá entender ou responder por um profissional de comunicação e vice-versa.  

Como bom exemplo, no último concurso promovido pela Prefeitura Municipal de Almerim, Estado do Pará, foi disponibilizado uma vaga para jornalista, com exigência da apresentação do diploma de graduação em Comunicação Social, habilitação em jornalismo. Poderia ser um número maior de vagas, mas só o fato de exigir a formação e apresentação do diploma, o gestor demonstra o desejo de ter no quadro um profissional qualificado, para ser bem assessorado.

Assim, a contratação de um bom profissional de comunicação, seja um jornalista, relações públicas e publicitário, certamente evitaria que os gestores públicos passassem por constrangimentos, como falar em público “palavras ofensivas e impróprias” em entrevistas à imprensa ou discursos públicos; cometer gafes em cerimoniais, como tocar o hino nacional ao invés da marcha nupcial; e soltar material publicitário institucional com textos mal elaborados e mal revisados.

É nessas horas, que precisamos admitir, quanta falta faz um bom profissional da comunicação.

Foto:Cléia Soares

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