quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Direto da Varanda: Chico Bruno

Sarney está com tudo, mas acha pouco

Leia com atenção a lista dos 10 ministros oficializados ontem (8) pela presidenta eleita Dilma Rousseff:
Ministério das Comunicações – Paulo Bernardo (PT-PR)
Ministério de Minas e Energia - Edison Lobão (PMDB-MA)
Ministério do Turismo – Pedro Novaes (PMDB-MA)
Ministério dos Transportes – Alfredo Nascimento (PR-AM)
Ministério da Agricultura – Wagner Rossi (PMDB-SP)
Ministério da Previdência – Garibaldi Alves (PMDB-RN)
Ministério da Pesca e Aqüicultura – Ideli Salvatti (PT-SC)
Secretaria de Assuntos Estratégicos – Moreira Franco (PMDB-RJ)
Secretaria de Direitos Humanos - Maria do Rosário (PT-RS)
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República – Helena Chagas – (Sem partido-BSB)
Somados aos que ela já havia anunciado, perfazem 16 ministérios. 
Ministério da Fazenda - Guido Mantega (PT-SP)
Ministério do Planejamento – Miriam Belchior (PT-SP)
Ministério da Justiça - José Eduardo Cardozo (PT-SP)
Banco Central - Alexandre Tombini – (Sem partido-SP)
Casa Civil - Antonio Palocci (PT-SP)
Secretaria Geral da Presidência da República - Gilberto Carvalho (PT–SP)
Até agora, os nomes oficializados pela presidenta eleita mostram que a região Sul já emplacou 10 ministros. A grande maioria paulista.
A região Nordeste fez até agora três ministros, dois maranhenses e um potiguar. Os grandes estados do Nordeste até agora não foram brindados com nenhum ministério.    
As regiões Norte, Sudeste e Centro Oeste fizeram por enquanto um ministro cada.
Apesar do maior número de ministros pertencerem por partido ao PT, por estado a São Paulo e por região ao Sul do país, o grande indicador de ministros, por enquanto, tirando o presidente Lula, é o senador José Sarney (PMDB-AP), chefe do clã do mesmo sobrenome, que emplacou dois maranhenses de seu grupo como ministros.
Além disso, em uma jogada maquiavélica, Sarney retirou do caminho da presidência do Senado, o senador reeleito Garibaldi Alves (PMDB-RN) indicando por via indireta para o ministério da Previdência.
Dessa forma o caminho para continuar na presidência do Senado está livre e desimpedido, pois Sarney retirou a pedra em que ele poderia tropeçar.
O mais interessante é que, apesar de todos os ganhos, Sarney está achando que caberia mais ao seu partido, ou melhor, a ele.
Portanto, não será surpresa, se os ricos penduricalhos dos ministérios de Minas e Energia e do Turismo foram servidos de bandeja a Sarney para que ele sacie a sua fome por cargos.
Dizem que o PMDB saiu perdendo na partilha ministerial, mas com certeza Sarney está com tudo e não está prosa.

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