sexta-feira, 20 de maio de 2011

Basta de voluntarismo e ufanismo!  

 “Uma foto do Brasil”, título escolhido pela jornalista Dora Kramer para o texto de sua coluna de hoje (20) no Estado de S.Paulo, republicada abaixo, acerta o alvo.
A coluna retrata o desabafo histórico da professora Amanda Gurgel, registrado em vídeo durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande Norte.
A fala de Amanda desmonta as teorias empoladas sobre a educação, em nosso país, que os políticos de todas as matizes impõem aos brasileiros há muito tempo.
O ex-deputado e ex-ministro José Dirceu, em sua coluna semanal no Blog do Noblat, bate na tecla da empolação.
“Um dos objetivos de médio prazo é chegarmos a 2022 como a 5ª maior economia do mundo. Os avanços do Governo Lula fazem parte do esforço para chegarmos a esse patamar de desenvolvimento, assim como a erradicação da pobreza extrema ao final do Governo Dilma Rousseff.”
Ora, ora! Ora bolas!
Como o país vai tornar realidade os objetivos preconizados por Dirceu com a educação básica que proporciona as crianças?
O depoimento de Amanda coloca por terra todo o voluntarismo e ufanismo que assola o país nos últimos oito anos.
A verdade é uma só: sem uma educação de qualidade o Brasil não chegará nunca a lugar nenhum.
O Brasil de hoje é uma grande e vulnerável bolha cevada por um discurso velho e falso.
Os discursos de Odorico Paraguaçu, escritos pelo profeta Dias Gomes em o Bem Amado, continuam atualíssimos. Quem duvidar os ouça as sextas-feiras às 09:30 na rádio CBN.
É um escárnio ler que a criação do ProUni, reformulação do Enem, construção de 14 universidades, 140 escolas técnicas, fixação do piso nacional para professores e unificação do processo seletivo universitário pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), além da presença federal no Fundeb vão resolver os problemas educacionais do país, quando se é confrontado com a série de reportagens do Jornal Nacional sobre a educação fundamental.
O desabafo da professora Amanda Gurgel deveria ser visto e revisto pela presidenta Dilma Rousseff.
Quem sabe vendo e revendo o vídeo, a presidenta Dilma entenda que antes de construir de 6.000 creches e 10 mil quadras poliesportivas até 2014 é preciso resolver o problema latente no ensino fundamental existente.
A prioridade é tornar o precário em eficiente. Para tanto, a presidenta Dilma deveria tomar para si a tarefa.
Resumo da ópera.
Há muito tempo se promete mundos e fundos para educação, mas não se ataca o imediato que é a situação precária da maioria de milhares de escolas de primeiro grau do país.   
Ao invés disso se gasta tempo e energia com temas com menos relevância que a alfabetização de nossas crianças.
O que é mais importante se debater no momento, por exemplo, homofobia ou a salvação da educação fundamental do país?
Não que a homofobia não seja importante, mas é preciso haver prioridade.
No caso, o mais importante é encontrar uma solução para a precariedade do ensino básico nacional.
Basta de mascarar a verdade com mirabolantes projetos, como o Plano Nacional de Educação, conhecido como PNE, que irá consumir bilhões de reais até 2020, se a educação básica praticada no país é a que atesta o próprio MEC através no IDEB.
O correto é Dona Dilma usar essa grana preta na recuperação do falido sistema de educação fundamental existente do Oiapoque ao Chuí. (http://www.chicobruno.com.br/)

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