sábado, 17 de setembro de 2011

O Poderoso Chefão

A cota de Sarney

Claudio Dantas Sequeira / ISTOÉ

"...Após perder o quinto ministro em nove meses, quatro deles envolvidos em denúncias de corrupção, a presidente Dilma Rousseff avisou que não queria “errar uma sexta vez”. Pediu ao PMDB um “ficha limpa” e ensaiou resistência à indicação de outro nome do Maranhão. Mas, depois de consultar perfis indicados por outros caciques peemedebistas, o Palácio do Planalto acabou cedendo às pressões de José Sarney a favor de seu afilhado político...
... Se a intenção de Dilma é evitar mais desgaste desse tipo, não há garantia de que a escolha de Gastão foi acertada. À primeira vista, o novo ministro parece um caso raro de político que empobreceu ao longo dos anos. Em 2010, declarou ao TSE possuir bens no valor de R$ 421 mil, cerca de R$ 20 mil a menos do que havia declarado em 2008. Nos bastidores, assessores garantem que ele é um dos poucos parlamentares que mandam verba para os municípios e não pedem um percentual de retorno. Mas sua trajetória política não é acima de qualquer suspeita, como seus assessores pretendem fazer supor. Ele foi duramente criticado, por exemplo, quando secretário de Educação do governo Roseana entre 1995 e 1998, por apoiar a implantação de telecentros nas escolas do Estado. A Corregedoria-Geral do Maranhão concluiu que mais de R$ 171 milhões foram utilizados irregularmente no projeto. Entre as irregularidades apontadas estão falta de notas fiscais, aquisição de material sem licitação e falhas na entrega de livros. Gastão também virou alvo de críticas ao usar o apartamento funcional em Brasília quando estava licenciado do mandato, em 2009, para assumir a Secretaria de Planejamento do governo Roseana. A despeito dos questionamentos, ele estava escudado numa autorização excepcional que lhe foi dada pela direção da Casa. Foi o que o salvou de um eventual processo de cassação... Leia mais (http://www.chicobruno.com/)

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