segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Saúde

Estudo oferece novas pistas sobre vacina contra a Aids

DA REUTERS

Ligeiras diferenças em cinco aminoácidos numa proteína chamada HLA-B podem explicar por que certas pessoas resistem ao vírus HIV, disseram pesquisadores dos EUA na quinta-feira (4), num estudo que fornece novas pistas sobre como produzir uma vacina para prevenir a Aids.
"Há muito tempo sabemos que algumas pessoas desenvolvem (a doença) extremamente rápido quando são contaminadas, enquanto outras podem ficar bem por três décadas sem precisar de tratamento, e ainda assim parecerem inteiramente bem", disse Bruce Walker, do Hospital Geral de Massachusetts e da Universidade Harvard, cujo estudo saiu na revista Science.
"Pensamos que poderíamos aplicar novas técnicas do projeto genoma humano para entender qual é a base genética disso", afirmou ele.
Cerca de uma em cada 300 pessoas contaminadas pelo HIV são capazes de suprimir o vírus com seu sistema imunológico, mantendo a carga viral extremamente baixa.
A equipe investigou a composição genética de quase mil pessoas com essa capacidade, comparando-as ao código genético de 2.600 outros soropositivos.
Isso os ajudou a identificar cerca de 300 diferentes locais no código genético associados ao controle imunológico do HIV, todos eles localizados no cromossomo 6.
Eles então chegaram a quatro alterações individuais no DNA, conhecidas como polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), todas relacionadas ao sistema imunológico.
"Fizemos um segundo estudo em que examinamos aminoácido por aminoácido nessa região", disse Walker.
Eles encontraram cinco aminoácidos na proteína HLA-B vinculados a diferenças na capacidade da pessoa de controlar o HIV.
Essa proteína é importante em ajudar o sistema imunológico e localizar e destruir células infectadas por um vírus, e Walker disse que essas variações genéticas podem fazer uma grande diferença no controle do HIV.
Entender como se dá a reação imunológica desses pacientes ao vírus da Aids pode ser um passo importante no desenvolvimento de uma vacina contra o HIV. Em quase 30 anos de epidemia, a doença já contaminou quase 60 milhões de pessoas, a maioria na África, e matou 25 milhões. (http://www.folha.com/)

Exame de imagem preventivo reduz em 20% as mortes de fumantes por câncer de pulmão

DA REUTERS

Exames anuais de tomografia computadorizada espiral diminuem em 20% as mortes de fumantes por câncer de pulmão, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira.
A tomografia é um tipo de raio-X que fornece uma imagem mais completa do pulmão e consegue detectar tumores mais cedo, antes que se espalhem, segundo a equipe de cientistas patrocinada pelo Instituto Nacional de Câncer, dos EUA.
A pesquisa, que envolveu mais de 53 mil fumantes e ex-fumantes, descobriu que as tomografias foram melhor na detecção de tumores do que as radiografias.
Críticos temem que os fumantes possam ficar menos motivados a parar com o vício se acreditarem que os exames preventivos podem salvar suas vidas, caso tenham câncer.
Os fumantes, de meia idade ou idosos, foram submetidos a três tomografias por ano ou a uma radiografia anual a partir de agosto de 2002. Eles foram acompanhados por cinco anos.
Até o mês passado, 354 pessoas do grupo das tomografias já tinham morrido de câncer no pulmão. No grupo do raio-X, 442 morreram. O risco de morte foi 20,3% menor entre os pacientes que fizeram tomografias.
Os pesquisadores afirmam que a descoberta pode salvar milhares de vidas. O câncer de pulmão é o que mais mata no mundo todo (1,2 milhão de pessoas ao ano) e deve ser responsável por 157 mil mortes nos EUA só neste ano, segundo a Sociedade Americana de Câncer.
Se a doença é detectada em estágio inicial, o tumor pode ser curado cirurgicamente. Mas os sintomas são vagos e, em geral, o diagnóstico só acontece quando o tumor já se espalhou. Só 15% dos pacientes vivem mais do que cinco anos. (http://www.folha.com/)

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