O PT e o PMDB entram hoje no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará com um pedido de novas eleições para o Senado no Estado. A alegação é de que mais da metade dos votos, 57%, foram considerados nulos, por conta da cassação das candidaturas de Jader Barbalho (PMDB) e de Paulo Rocha (PT), ambos candidatos a senador. Para a direção dos dois partidos, é motivo suficiente para o tribunal convocar um novo pleito.
As duas candidaturas foram impugnadas pelo Supremo com baseada na Lei da Ficha Limpa, tornando-os inelegíveis por oito anos. Os dois candidatos haviam renunciado a seus mandatos, em 2001 e 2005, respectivamente, e esperavam retornar ao Congresso este ano.
– O PT vai brigar para que a Justiça Eleitoral leve em consideração o sentimento expresso por dois terços dos eleitores paraenses – disse Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, quando esteve no Pará, no dia do segundo turno das eleições presidenciais.
O ministro Padilha vem defendendo a realização de novas eleições, alegando que seria uma forma de atender o desejo do eleitor paraense.
– O que vamos fazer é buscar na Justiça a forma de garantir a concretização desse sentimento do povo – afirmou.
Quem também defende uma nova eleição é a governador do Estado, Ana Júlia Carepa.
– Claro que vamos reivindicar novas eleições para representantes do Pará no Senado. Isso é respeito à democracia – disse.
A governadora garante que seu partido, o PT, ainda não definiu um nome para o cargo, mas o assunto está sendo debatido. Para ela, a Justiça Eleitoral deverá atender o pedido dos dois partidos.
– Tenho certeza de que o partido vai honrar os 1,7 milhão de votos que teve para o Senado. A gente pretende, sim, discutir o Senado, é claro. Até porque vai haver uma nova eleição – revela.
O deputado cassado Jader Barbalho garantiu, através de nota, que também acionará o TRE do Pará para que haja novas eleições, e que o PMDB “não aceitará senadores biônicos” para o estado.
Jáder Barbalho renunciou ao mandato em 2001, quando era investigado por desvios no Banpará e denúncias de envolvimento no desvio de dinheiro da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Já Paulo Rocha era investigado, em 2005, por envolvimento no mensalão. (Jornal do Brasil)
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