Laranjal do Jarí

Comaja comemora 25 anos de geração de emprego e renda

Quebradoras de castanha da Comaja

A Cooperativa Mista Extrativista Vegetal de Agricultores do Laranjal do Jarí (Comaja) ofereceu na última sexta, 30, um almoço aos funcionários e convidados  em comemoração aos 25 anos de geração de emprego e renda em Laranjal do Jarí.

A Comaja nasceu da luta de mulheres e homens pelo direito de ocupar as áreas em que trabalhavam na floresta. A extração da castanha era a fonte de sobrevivência e a esperança de conquistar através do cooperativismo a autonomia e independência financeira.

Gerente Palmira Pires

Em 1997 com o apoio do governo e recursos de projetos com organismos institucionais, a Comaja iniciou sua produção com tecnologia mecanizada, chegando a ter seus produtos industrializados compatíveis com as exigências do mercado internacional.

Em 2002 foi inaugurada a fábrica de beneficiamento de azeite e farinha da castanha, a primeira do gênero no Brasil. No começo o azeite da castanha foi produzido pela empresa Provance Regime, da cidade de Montpelier, França. Essa tecnologia foi introduzida no Amapá, transformando-o no primeiro estado do Brasil a produzir o azeite virgem da castanha.

A Cooperativa pretende industrializar toda a produção da região, colocando seus produtos no mercado interno e externo. No momento a produção da castanha desidratada embala a vácuo  e o azeite abastece as redes de supermercados da Capital do Estado, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

A Comaja emprega 185 pessoas e possui a segunda folha de pagamento no valor de 120 mil reais, no município de Laranjal do Jarí.

Presidente da Comaja Elizeu Viana

O Presidente Elizeu Viana lembra da superação nos tempos de crise na economia mundial, e os reflexos sofridos no Vale do Jarí. “Precisei vender minha própria casa e alguns imóveis, mas nós conseguimos superar a crise”, comenta.

Para o Presidente agora são novos tempos e nós estamos trabalhando em um novo projeto já aprovado internamente para negociar recursos no valor de 4.600 milhões, junto ao Governo do Estado e BNDS. “O objetivo do projeto é captar investimentos para a ampliação e modernização industrial, renovação do maquinário para dar condições de absorver toda a produção do Vale do Jarí, que foi sempre o nosso grande sonho”, finalizou o Presidente.