quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Seis por meia dúzia: Orlando sai, mas PCdoB fica

Doze dias depois da primeira denúncia de suposto desvio de recursos do Ministério do Esporte para irrigar campanhas eleitorais do PCdoB, Orlando Silva, o “indestrutível”, foi obrigado pelas circunstâncias a deixar a pasta.
A denúncia de que ele recebera propina na garagem do ministério não restou, ainda, provada. Por enquanto, é palavra contra palavra.
Em compensação os desvios de dinheiro público por ONGs ligadas ao PCdoB, denunciados na Operação Shaolin, que resultou em ação, que corria em sigilo de justiça, no STJ e o pedido da Controladoria Geral da União de devolução de R$ 49 milhões desviados, vieram à tona.
Não fosse a virulência da denúncia veiculada pela VEJA e tudo continuaria em sigilo.
As reportagens de VEJA, Fantástico, Estadão, Folha e o GLOBO tomaram corpo e o Supremo Tribunal Federal, acionado pela Procuradoria Geral da República, abriu inquérito para apurar as acusações contra Orlando, que atingem também o ex-ministro do Esporte e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT, ex-PCdoB).
Fiel ao Estatuto do PCdoB, Orlando resistiu à queda, que estava escrita nas estrelas desde a semana passada.
A abertura do inquérito no STF mexeu com o Planalto, que viu que era preciso colocar ponto final na crise para preservar o neo-petista Agnelo Queiroz.
Para isso, só restou à alternativa de exonerar o ministro Orlando.
Sem ele no comando da pasta do Esporte, o inquérito aberto no STF será devolvido à órbita do STJ.
Ao contrário do que ocorreu no Ministério dos Transportes, de onde o PR foi desalojado dos cargos estratégicos, no Esporte o butim continuará, pelo menos por enquanto com o PCdoB.
O problema é que o PCdoB é carente de estrelas, pois é um partido de tarefeiros.
Daí, que sempre que há necessidade do PCdoB preencher um vazio, o nome que vem a baila é o do deputado Aldo Rebelo, um alagoano que fez carreira política em São Paulo, o que não é novidade, pois o líder do Governo na Câmara, Cândido Vaccarezza é baiano, mas faz política no PT paulista.
Resumo da ópera.
Dilma troca seis por meia dúzia e não elimina a causa da crise, o aparelhamento do ministério pelo ocupante da vaga de ministro, no caso do Esporte, o PCdoB.
Pelo menos, é isso o que anuncia a imprensa.(http://www.chicobruno/)

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